A partir de 2026, espera-se um aumento generalizado nos preços dos smartphones — e, desta vez, o culpado não são telas maiores ou câmeras sofisticadas, mas sim a explosão da demanda por memória causada pelo avanço da inteligência artificial (IA).
A escassez de chips de memória
Com o boom da IA, data centers e sistemas de alta performance estão consumindo grande parte da produção global de memórias do tipo DRAM, LPDDR e NAND — componentes essenciais não só para servidores, mas também para smartphones e outros dispositivos pessoais.
Fabricantes de semicondutores têm priorizado a produção de memórias voltadas a IA (como as de alta largura de banda, HBM), reduzindo a oferta de módulos usados em celulares. Isso provoca uma escassez de chips de RAM e armazenamento destinados a smartphones — e encarece todo o processo de produção.
Impacto no custo de fabricação e repercussão no consumidor
Especialistas apontam que os preços dos chips de memória devem subir de 18 % a 23 % até o final de 2025, e continuar crescendo no início de 2026.
Esse encarecimento dos componentes essenciais — tanto a RAM quanto o armazenamento — torna inevitável o ajuste dos valores de venda: várias empresas já sinalizaram que devem repassar parte dos custos extras aos consumidores.
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Menos oferta e preferência por modelos premium
Além do aumento de preço, outro efeito esperado é a queda na oferta de aparelhos de entrada ou intermediários — justamente os mais sensíveis a aumentos de custo. Marcas tendem a priorizar modelos mais caros e lucrativos, onde há mais margem para absorver a alta dos componentes.
Com isso, a diferença entre dispositivos básicos e topo de linha pode aumentar, pressionando consumidores que buscam aparelhos acessíveis e com bom desempenho.
Consequências para o mercado global e consumidor final
Para o mercado global, a expectativa é de que o preço médio dos smartphones suba em 2026 — o que pode esfriar um pouco a demanda, principalmente em mercados sensíveis a preço.
Para o consumidor, o impacto pode ser sentido em duas frentes: preços mais altos e menor disponibilidade de aparelhos de custo-acessível. Quem planeja trocar de celular — ou comprar um novo ainda no início do próximo ano — deve avaliar com atenção se vale a pena esperar ou antecipar a compra.
O que observar antes de comprar um smartphone
- Verifique o custo-benefício real: considere quanto de memória, armazenamento e desempenho realmente precisa, para evitar pagar a mais por funções que você não vai usar.
- Observe a subida dos preços de componentes: os aumentos globais tendem a refletir diretamente nos preços de venda final dos aparelhos.
- Compare modelos e marcas: marcas com produção mais verticalizada podem conseguir absorver melhor os aumentos — mas nada elimina totalmente o impacto da alta de custos.
- Acompanhe a oferta do mercado: com a escassez de chips, pode haver atrasos ou menor variedade de modelos de entrada e intermediários.

Criador do Danilo Soz, especialista em tecnologia, smartphones e gadgets. Produz análises baseadas em experiência real, reviews imparciais e conteúdo atualizado para ajudar você a escolher os melhores dispositivos do mercado. Apaixonado por inovação, acompanha diariamente as principais tendências e lançamentos do universo mobile.



